O professor tem papel determinante no suporte socioemocional dos estudantes. Os desafios na vida deles não são poucos e nem fáceis. Portanto, precisam estar em dia com sua saúde mental para ter um bom desempenho escolar e evitar conflitos entre colegas. O que só é possível graças ao desenvolvimento das chamadas competências socioemocionais.
Mas, afinal, o que são competências socioemocionais?
Conjunto de habilidades e características referentes ao desenvolvimento pessoal dos seres humanos, as competências socioemocionais são essenciais para criar e manter relacionamentos saudáveis. Seja com o ambiente e, principalmente, com os demais indivíduos e com sí próprios.
As competências socioemocionais abrem espaço para a convivência harmoniosa porque torna as relações mais afetuosas. Os indivíduos diferem entre si e os grupos sociais tendem a ser cada vez mais diversos. Da mesma forma, os desafios diários têm sido maiores, exigindo muita sabedoria e serenidade para serem superados.
Quando falamos em individualidade, lembramos o quanto cada ser é único, dados seus princípios, valores e habilidades pessoais. Ao longo da vida, experiências emocionais vão sendo acumuladas, tornando evidente a urgência do desenvolvimento das competências socioemocionais.
No ambiente escolar, a diversidade intelectual e pessoal dos educadores e dos alunos deve ser considerada. Com o objetivo de gerenciar melhor os dilemas da atualidade. E ficar melhor preparados para atuar no mercado de trabalho do século 21, que já chegou há mais de duas décadas.
Competências socioemocionais x desafios na vida do estudante
- Desempenho escolar
A determinação, responsabilidade e persistência são bem importantes para que os alunos apresentem alto desempenho escolar. Os modelos educacionais indicam diversas formas de avaliar o quanto os estudantes estão, de fato, evoluindo nos resultados obtidos.
Existem os exames padronizados nos âmbitos estadual e nacional. E as provas como são normalmente aplicadas. Independentemente de padrão ou não, o foco e a curiosidade em aprender fazem a diferença entre o êxito e o fracasso. E neste contexto, o incentivo aos estudantes se importarem mais com o aprendizado do que com notas é primordial.
- Conflitos entre colegas
Conflitos interpessoais existem desde que o mundo é mundo. Mas numa instituição educacional, a construção de relacionamentos saudáveis está diretamente relacionada ao engajamento e à cordialidade entre gestores, professores, demais funcionários da escola, estudantes e suas famílias.
Toda vez que há um ato brutal, abuso físico ou emocional entre colegas no cenário escolar, a opressão e o conflito precisam ser mediadas por adultos. No caso, os educadores. Quando há intimidação, medo e terror devido à violência estabelecida, vem a demanda pelas competências socioemocionais de todos os envolvidos.
- Saúde Mental
A violência escolar deve ser entendida para que haja compreensão e ação sobre. Porque ela nada mais é que um espelho do que ocorre na sociedade. Além da manifestação que substitui a palavra quando se expressa fisicamente, outros tipos de violência coexistem nas escolas.
Uma das mais presentes é o bullying. Este ocorre toda vez que ocorre a intimidação sistemática, caracterizada por comportamento agressivo, com intenção de machucar ou humilhar outra pessoa. A violência verbal, no entanto, não pode ser considerada mais leve.
Os efeitos negativos de todas elas impactam negativamente na autoestima dos estudantes e no clima escolar como um todo, exigindo equilíbrio e saúde mental. As competências socioemocionais que mais estão ligadas à saúde mental são confiança no outro, autoconfiança, tolerância ao estresse, foco e respeito.
Como desenvolver as competências socioemocionais nos alunos?
Desenvolver as competências socioemocionais nos alunos não é tarefa fácil. Mas, possível. Depois da Pandemia do Coronavírus, que ocasionou uma série de perdas, a complexidade aumentou.
Não foram poucos os estudantes que vivenciaram e sofreram a ruptura com o ambiente escolar e suas aulas presenciais, o afastamento de quem gostavam e a morte de familiares e conhecidos. Isso tudo, adicionado ao aumento do tempo de exposição às redes sociais e internet, produziu uma necessidade de aperfeiçoamento das relações sociais maior ainda.
O ensino, bem como o processo de aprendizagem, dependem de atenção, acolhimento, paciência, amor e cuidado. Para garantir que os estudantes desenvolvam as competências socioemocionais, o trabalho é contínuo. E não se esgota num projeto com começo, meio e fim.
Como começar?
O primeiro passo é os educadores aprenderem a praticar uma liderança pautada pela escuta ativa. Isso significa demonstrar atenção plena, envolvimento e interesse genuíno nas situações mais diversas. Quando o sofrimento do estudante é legitimado com espaço para que ele se sinta livre para compartilhar seus problemas, a dor diminui.
Lembrando que não é papel ou responsabilidade de professores, orientadores pedagógicos, diretores escolares e demais funcionários darem diagnósticos. O cuidado dispensado por estes profissionais não substitui a psicoterapia e a psiquiatria, nem mesmo os tratamentos específicos prescritos por especialistas da área.
Mas estes podem se oferecer para tratar dos assuntos que promovem os conflitos emocionais e os problemas psicológicos que afetam os alunos. Neste sentido, a capacitação do professor, para monitorar as situações de estresse exacerbado, ansiedade, pânico, depressão e outros distúrbios mentais é pra ontem.
Além de contínua, esta atividade nas escolas devem ser processuais e exercidas por pessoas treinadas para atuar com fatores desta natureza. Sendo que planejar uma estrutura física exclusiva pro acolhimento é uma etapa significativa.
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- Inteligência emocional I;
- Neurodesenvolvimento Infantil;
- Pedagogia da Consciência I;
- Abordagens Pedagógicas Participativas.
- Pedagogia da Consciência II;
- Educação para a Paz;
- Inteligência Emocional ll;
- Práticas Pedagógicas Inclusivas;
- Pedagogia Sistêmica;
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