A ferramenta poderosa contra o Bullying

Em uma pesquisa feita com a rede estadual de ensino de São Paulo, os dados retirados de perguntas feitas às vítimas de bullying e aos intimidadores chamam a atenção: a aparência do corpo foi apontado como o principal tipo de bullying sofrido pelos alunos, seguido de aparência do rosto e cor ou raça. A autoconfiança e a responsabilidade são as competências que pedem mais atenção das vítimas. Já no caso dos intimidadores, é preciso olhar para a tolerância à frustração. Todas as séries tiveram um índice de mais de 30% dos alunos se identificando com baixo desenvolvimento nesta habilidade.

Esse resultado nos mostra que a educação socioemocional pode ser uma ferramenta chave na hora de agir frente ao Bullying praticado dentro e fora de sala de aula. Mas como isso é abordado?

Todos nós sabemos que o bullying é um dos problemas mais recorrentes na atualidade, envolvendo crianças e adolescentes. O bullying é uma prática violenta que prejudica ambas as partes: o agressor e a vítima. As humilhações, xingamentos e agressões físicas e psicológicas  podem afetar profundamente a vítima, levando-o a um comportamento defensivo e consequente queda do rendimento. E o aluno que pratica bullying, em muitos casos, também esconde necessidades emocionais, precisando ser averiguada a situação.

Sendo assim, trabalhar emoções é uma forma de ensinar às crianças e adolescentes a não absorverem os comportamentos alheios como uma verdade absoluta. Seja para quem sofre, presencia ou pratica um ato característico de bullying, habilidades como empatia, responsabilidade, autonomia devem estar fortalecidas para lidarem com as situações da melhor forma possível.  É uma forma de propor aos alunos uma forma diferente de pensar sobre si e sobre os seus colegas.

Quanto antes um indivíduo aprende a lidar com suas emoções e se comportar socialmente diante delas, melhor será ao longo da vida. Dessa forma, quando a criança ou adolescente chegar na vida adulta, terá uma base sólida para enfrentar os desafios profissionais. São crianças e jovens capazes de gerenciar seus problemas, em graus de dificuldade gradativo e constante, num exercício contínuo para equilibrar as ações e reações. É um processo de agora, com muitos frutos no futuro.

Dessa forma, a inteligência emocional de uma criança ou adolescente precisa de estímulo para desenvolver as diversas emoções e o modo de reagir a cada uma delas, de acordo com os acontecimentos. E claro, todos os passos sendo dado em conjunto com coordenação, atenção dos professores e dos pais, para que, ambas as partes tenham a atenção e cuidado necessários para trabalhar seus sentimentos.

Ao desenvolver as habilidades emocionais, variados fatores vão ganhando consistência e formando o caráter. É a construção de um adulto responsável por seus atos e sobre os sentimentos alheios.