Muito temos ouvido falar sobre o tema educação para o século XXI, mas pouco sobre a importância da educação afetiva e da urgência em contar com um educador também desenvolvido na competência socioemocional que se espera dos alunos. Neste sentido, a formação do professor é essencial.
Afinal, vale lembrar que profissionais com esta competência tendem a ter índices de satisfação mais altos com sua própria profissão e com a vida. E ainda se sentem melhor preparados para contribuir com o clima nas escolas e vencer os desafios da missão de educar.
As relações humanas que sustentam as aprendizagens
As relações humanas no ambiente da escola devem ser aperfeiçoadas para garantir uma educação integral e transformadora. O mercado global está cobrando cada vez mais que educadores e jovens sejam protagonistas de seu próprio desenvolvimento e de suas comunidades.
Para alcançar estes objetivos, o educador passa a figurar como agente central e mediador em modelos de ensino mais flexíveis e abrangentes. A fórmula capaz de reconectar o professor à nova realidade está diretamente relacionada à educação socioemocional.
Somente assim, o educador consegue colocar em prática as melhores atitudes e habilidades para controlar suas próprias emoções, manter relações sociais positivas, demonstrar empatia e tomar decisões de maneira responsável. Tudo isso visando que as práticas pedagógicas tornem-se mais eficazes e justas.
A preocupação com este assunto nunca foi tão importante. A discussão sobre a educação afetiva como um processo de formação integral, que não se restringe à transmissão de conteúdos, ganha espaço não somente nos meios acadêmicos.
O dia a dia da escola e a formação dos professores
No dia a dia escolar, o educador enfrenta salas de aula cada vez mais heterogêneas. Durante a Pandemia do Coronavírus, as desigualdades de acesso ao ensino remoto, os níveis de aprendizagem e as necessidades sociais das famílias dos alunos se destacaram mais ainda. Para dar suporte ao trabalho docente, foi necessária uma quebra do paradigma.
Os professores passaram a entender que quanto maior for a interação entre os estudantes, maior é o aprendizado. As aulas meramente expositivas com alunos passivos cedem espaço para os debates e discussões em grupo. E a educação afetiva entra em cena para potencializar o desempenho tanto do educador, quanto dos alunos.
O desenvolvimento socioemocional do professor é crucial para atender a demanda de alunos que vivem diferentes cotidianos, se desafiando constantemente com suas questões emocionais, dificuldades e inseguranças.
É o educador, a figura que prepara os estudantes que hoje estão entrando no Ensino Fundamental para passar os próximos 15 anos pela mesma quantidade de mudanças que a humanidade experimentou no último século.
Um novo mercado de trabalho
Um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, volátil e incerto espera jovens e adultos que dominem conteúdos e técnicas. E tenham habilidades socioemocionais para se relacionar com a sociedade, gerando sempre oportunidades de qualidade de vida para todos.
A heterogeneidade de saberes que existe entre os professores pode ser vista como um aspecto positivo e não como uma dificuldade. Porém, apenas isso não garante que educadores estejam preparados para os desafios do século XXI. A formação continuada deles, principalmente o desenvolvimento nas competências socioemocionais, é imperativa.
Mas, como desenvolver estas competências?
Você sabia que as competências socioemocionais são fortalecidas ao longo da vida? Seu desenvolvimento vai de políticas educacionais às práticas escolares que visam a educação afetiva e integral.
As competências socioemocionais são maleáveis, ou seja, podem mudar ao longo da vida, além de serem desenvolvidas por meio de diversas estratégias. Entre elas, as atividades que apoiem o cognitivo e o socioemocional com o mesmo peso. Sempre lembrando que cada indivíduo tem suas próprias especificidades, mapas mentais, circunstâncias de vida, crenças e valores.
O educador deve contar com ferramentas apropriadas que o leve a conhecer seu real potencial e suas competências socioemocionais. A partir disso, ele torna-se capaz de mobilizar seus projetos, necessidades e vontades.
O professor pode desenvolver competências socioemocionais em si mesmo. Passo que permite abordá-las para o desenvolvimento dos estudantes em diferentes espaços de aprendizagem. Conheça as chamadas macrocompetências essenciais para a vida de todos, independentemente de idade ou profissão:
- Resiliência emocional;
- Abertura ao novo;
- Amabilidade;
- Autogestão;
- Engajamento com os outros.
Mantendo seu próprio equilíbrio emocional quando as demandas emocionais dos alunos são tão grandes
Se você é professor, deve estar pensando que toda esta teoria comentada até aqui faz sentido, mas que a prática é outra. Se você não sabe como manter o próprio equilíbrio emocional quando as demandas emocionais dos seus alunos são tão grandes, temos uma boa notícia.
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