Inteligência Socioemocional na Educação

Tenho conversado com muitas pessoas a respeito dos sonhos e dos desejos reais que possuem em suas vidas. Para mim, ter a consciência mais clara do que eu gostaria de executar como um legado de vida levou um certo tempo e algumas experiências de inteligência socioemocional. Apesar de entender que esse processo é algo inacabado durante toda a vida, a clareza maior vem proporcional ao esforço que nos permitimos fazer para encontrá-la. 

A vontade de contribuir com algo para que a nossa realidade pudesse ser melhor, sempre existiu dentro de mim desde muito cedo. Porém, era algo inominado, algo abstrato que me causou alguma ansiedade, uma busca incessante e mergulhos internos, alguns deles não tão agradáveis. Mas, que me levaram até o dia de hoje com as ações que acredito que farão muito sentido para aqueles que também buscam se aperfeiçoar e podem entender o mundo como um lugar para aprimoramento pessoal

Esse chamado interno certamente existe ou existiu com mais vigor em cada um de nós. Muitas vezes ele pode estar um pouco adormecido ou então esquecido – em minhas observações raramente encontrei um educador que não sonhasse, mesmo que somente no início de sua profissão, em verdadeiramente contribuir, fazer diferença na vida daquelas crianças, das “suas” crianças. 

Ainda não conheci um educador que não se emocione e fique com seu coração aquecido quando vê que seu ensinamento está sendo compreendido, assimilado e desenvolvido com entusiasmo por um aluno ou um grupo de alunos. Acredito que a primeira intenção do educador é sempre imbuída de muita verdade. Um pouco de inocência demasiada é verdade, e com o tempo, infelizmente, ela tende a ser frustrada ao ponto de muitas vezes até ser perdida quase que por completo. 

A vontade, a força, o chamado que vem de dentro traduzem-se em quem realmente somos e no que verdadeiramente queremos. Essa potência é tão grande que pode sim transformar realidades, porém a primeira a ser observada é a nossa. Um educador pode ser incrivelmente eficaz em ensinar seus aprendizes questões de inteligência socioemocional se ele passa a ser o exemplo do que está ensinando. Talvez esse seja o real significado da palavra Mestre, alguém em quem podemos nos espelhar.

A pós-graduação em Inteligência Socioemocional na Educação surgiu por causa disso. Eu sei da força que o autodesenvolvimento causa. Sou uma buscadora incessante de mim mesma. Uma vez que conseguimos desamarrar alguns emaranhamentos internos e nos permitimos ir além daquilo que imaginamos que poderia ser possível, ousamos voar para novas direções até então muitas vezes inexploradas. 

Diante do meu olhar, posso ver que se conseguirmos acordar nossos sonhos, toparmos com coragem a jornada do autodesenvolvimento e aderirmos com respeito às melhores práticas pedagógicas, com a inteligência socioemocional podemos sim formar uma rede de pessoas da qual surgirão as novidades necessárias para a educação. Juntos somos mais fortes, e essa é a melhor e mais rápida maneira de conseguirmos resultados eficazes. 

 

Para tanto, reunimos nessa pós-graduação de inteligência socioemocional pessoas que não serão somente docentes, mas também dedicados a sua própria jornada de aprendizagem interna, aplicando aquilo que estão se propondo a compartilhar. Não são apenas palavras.

Esse é um convite para você educador que também deseja um mundo melhor, afinal, o que realmente levamos ou deixamos dessa vida se não aquilo que cultivamos? Somos seres emocionais que deixamos emoções e ações nas emoções também de outras pessoas e existe aí um paradoxo que podemos desvendar juntos na Pós-graduação Inteligência Socioemocional na Educação

 

Escrito por:
Belisa Maggi – co-fundadora e presidente do Instituto Signativo.